Adotei uma gatinha com dermatite e passou pra mim?
- lesões geográficas, irregulares, sendo localizadas ou não;
- lesões iridiformes ou presença de queda de pelo em “pincel”;
- alopecia, formação de crostas e escamas (por lesões “sujas”).
Os sintomas em cães e gatos seriam então:
- Áreas sem pelo / Alopécia
- Coceira
- Descamação / Crostas
- Áreas avermelhadas
- Lesões arredondadas
Tenho aqui fotos de Dermatofitose em cães e gatos:
Os animais acometidos pela dermatofitose podem ainda ser assintomáticos.
Muitos
fatores favorecem o desenvolvimento da doença dermatofitose, como
animais imunossuprimidos; cães com pelagem longa, com comportamento
agressivo e territorialistas (que acabam se envolvendo em brigas com
outros animais); que tenham contato com ambientes externos ou com
indivíduos contaminados, entre outros pontos.
Embora geralmente
não cause sérios problemas para a saúde do pet, a dermatofitose possui
caráter zoonótico. Sendo assim, é essencial pensar na prevenção e no
manejo adequado do paciente, uma vez que a transmissão ocorre por
diversos meios (diretos e indiretos) e trata-se de uma doença altamente
contagiosa.
Embora seja uma doença contagiosa, a dermatofitose não é fatal. Ela é curável e com o tratamento realizado de forma correta possui prognóstico favorável na grande maioria dos casos.
Os cães e gatos são animais de companhia que geralmente convivem no mesmo ambiente que os seres humanos e, portanto, colaboram com a cadeia de transmissão da dermatofitose devido à proximidade que possuem com os seus tutores. Cerca de 30% da dermatofitose em seres humanos é de origem zoonótica e o Microsporum canis é o dermatófito zoofílico mais frequente nessa transmissão (SOUZA et al, 2022). Entretanto, existem medidas preventivas eficazes para evitar a doença.
Agentes causadores da dermatofitose em gatos e cães
Os principais agentes envolvidos em quadros de dermatofitoses em gatos e cães são denominados de fungos dermatófitos e incluem:
- Microsporum canis: fungo zoofílico, sendo o mais frequente na rotina veterinária de pequenos animais;
- Microsporum gypseum: fungo geofílico, ou seja, coloniza o solo, afetando animais e seres humanos que façam contato direto com o solo contaminado;
- Trichophyton mentagrophytes: fungo zoofílico, geralmente é mais encontrado em roedores.
Esses dermatófitos pertencem à família Arthrodermataceae e são filamentosos, septados, hialinos, queratinofílicos e, consequentemente, queratinolíticos
Possuem em sua estrutura hifas que se reproduzem em condições favoráveis por meio da fragmentação, dando origem às estruturas artrósporos ou artroconídeos – o novo esporo formado pela desarticulação da hifa do fungo
Esses fungos invadem o tecido cutâneo dos hospedeiros e degradam a queratina, que por sua vez será um nutriente essencial para o agente infeccioso
TRANSMISSÃO PARA HUMANOS
A transmissão da doença pode ocorrer por meio de:
- contato direto com as lesões contaminadas: brigas com arranhaduras e mordeduras, lambeduras, esfregar-se em outros animais e seres humanos;
- ambiente e objetos contaminados: camas, tapetes, escovas, solo e outros;
- fômites entre um animal saudável e outro acometido ou seres humanos;
- contato com animais assintomáticos;
outros.
A infecção fúngica pode ser assintomática e sem lesões, principalmente em felinos. No entanto, mesmo diante da ausência de sinais clínicos evidentes, o hospedeiro pode transmitir a infecção para outros animais ou seres humanos que por sua vez podem desenvolver a doença.
Tenho aqui imagens da Dermatofitose em humanos!
Inclusive recentemente meu marido teve uma lesão que pegou de uma gatinha resgatada com dermafitose. A dele ficou como essa da primeira foto, redonda, avermelhada e coçando MUITO.
O tratamento para dermatofitose consiste na terapia medicamentosa, podendo ser realizada a administração de antifúngicos de ação tópica e sistêmica
Dessa forma, animais com sinais clínicos podem ser tratados com medicamentos sistêmicos, como o Itraconazol. Já os animais assintomáticos ou fêmeas prenhes devem ser tratados com fármacos tópicos, podendo ser recomendado banhos com substâncias à base de clorexidine e miconazol 2% associados. O Médico-Veterinário deverá avaliar o caso de forma individual e recomendar as doses e frequências mais adequadas para cada paciente.
Para os animais de pêlo longo, a tricotomia também pode ser considerada uma possibilidade, conforme avaliação do profissional
O Médico-Veterinário deve investigar se há outras enfermidades concomitantes para que o tratamento seja mais eficaz
Fonte adicional:
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